2 de setembro de 2010

O nascimento do aborto


 
A pele que já não cobre

A mudança que não muda

O domínio da avareza

A preguiça que labuta


O passo que não caminha

O nascimento do aborto

A certeza da incerteza

Do vivo que nasce morto


A justiça do injusto

A lei que nasce do susto

A luz que já não acende

A submissão do justo


A tolerância ao provisório

A intolerância da fome

O espelho não reflete

O homem não vê o homem

Poema e fotografia: César Félix
Cruzeiro do sul - Acre













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