"E tudo se perdeu entre nossos dedos, inclusive à vontade e o parir do agora, o olhar do tempo colorido, o refletido sonho em nossa memória. O hoje parece que pulsa ao contrário e a nossa juventude caminha sem rumo, sem endereço fixo, sem gosto, cambaleando procurando um prumo. Eu por aqui acerto o teu desenho, rabisco palavras e vejo o teu retrato. Daquilo que fomos perdeu-se a utopia, daquilo que somos só nos resta os fatos. Ontem pedia por um recomeço, hoje refaço obedeço a demora. Caduco um poema depois eu esqueço, eu olhei para o tempo e esqueci das horas".
César Félix
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