30 de agosto de 2010

Essa língua é foda

Nada, nunca mais, nenhuma linha.
Ficaram com as roupas.
Qualquer dia eu busco a fantasia e volto a reverberar a poesia esquecida pelo poeta,
ficaram brincando penduradas nas saias que dançam maracatu.

Em pandeiros cansados, refogados na brisa do inverno,
esperam atiçadas as lareiras verão.
Tempo em que os corpos se libertam daquilo que o frio impregnou.

uma dança caliente foge com o frio e cavalga no lombo de uma besta,
tempera de sol, lua e areia.
Sonorizam os passos das virgens que enfeitiçam o canavial.
Imploramos feito um bobo apaixonado e traído,
romantizado com as luxúrias da noite onde tudo se resume em um trago.
um cigarro esquecido, um disco arranhado, 
um beijo roubado, outro partido e
a certeza de um tempo que não volta mais.

André Luis e Cesar Félix

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