11 de novembro de 2011

A pele que nos habita


Estou sozinho e a cidade me consome.
Das entranhas da loucura queimo no vento que corta e vou sem destino.
A noite fere, as pessoas nao se olham e tua ausencia marca meu caminho.
Inebriado de ti nao somos dois.
Juntos somos apenas um.
Tua pele na minha pele.
Sem que eu exista, sem que eu insista, sem que eu resista.
A carne queima, a avenida corre e nao esconde o conflito de saber quem sou.
Entre tua ausencia e minha solidao dorme um tapete de Historia.
Clareando a pele infinita,
a pele que a luocura incita,
a pele que nos habita.

Cesar Felix
Avenida paulista, 10,11,11.

Um comentário: