Rio Moa, Cruzeiro do Sul, 18 horas.
Anoitece na amazônia e a lua fortalece nossa alma para enfrentar a escuridão.
Águas de feitiço e as florestas não dormem para cuidar dos homens que crescem para derrubá-las.
Hoje a tarde eu caminhava e observava as crianças criadas pela floresta.
Não precisam de piedade, "deste lado do muro o jogo é tão duro que
só ter piedade de nós não vale a pena".
O coração quando endurece rasga a raiva e roupa do corpo.
Ficamos nus e nos envergonhamos de olhar no espelho.
Quebramos o espelho com vergonha.
Ás 18 horas a lua chega para iluninar o rio
refletir nosso corpo na água e
mostrar nossa vergonha.
Texto e fotografia: César Félix
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